Pé que Pensa

É uma febre na maioria dos grandes Clubes do País. Uma "solução" para reduzir as dívidas dos times de futebol associar sua marca às mais variadas empresas do mercado. Nesse jogo, todo e qualquer espaço, vira espaço publicitário.

A camiseta, os calções, meiões, dependências do estádio, boné do jogador na hora da entrevista e o plano de fundo nas coletivas de imprensa. Essa febre agora atinge em cheio a CBF e o Brasil leva para Copa da África, nada menos que 10 parceiros. Para fazermos uma comparação, em 2006 esse numero era de apenas 4.

Como acontece no Corinthans, a mídia visual da Seleção Brasileira parece mais uma folha de Classificados de públicidade do jornal, com tantos anúncios de parceiros. Coincidência ou não, as duas instâncias contam com a participação do diretor executivo Andreas Sanches.

Mas pelo jeito, parece que esse excesso vai causar "transtornos" à gestão da CBF. A FIFA, determinou que nenhuma marca pode ser exibida nos ambientes credenciados para a Copa do Mundo: Estádios, hotéis das seleções e CT's. Com isso, a partir do dia 06/06 os uniformes da seleção brasileira so poderão exibir o logotipo da CBF e a marca do fornecedor de material, a Nike.

Confira a matéria no site Lancenet.

A peça mais cobiçada da copa do mundo, antes da taça é claro, ao que parece não agradou nenhum pouco aos jogadores da Seleção Brasileira.

Logo no primeiro treino com a "Jabulani", o goleiro Júlio César ofereceu duras críticas à pelota, dizendo inclusive que "ela é horrorosa e parece as que são vendidas em supermercado"*


Jabulani: A Bola da Copa do Mundo da África


A fabricante Adidas, no entanto, procurou se defender das declarações feitas pelo goleiro.
(clique aqui) para ver matéria da Globo.com


Ontem foi a vez de Luis Fabiano reclamar, segundo ele, a "bola é sobrenatural. A trajetória que ela faz é estranha, ela sai de você, parece que não gosta que alguém chute"*



Pelo jeito a antipatia entre os jogadores e a redonda vai ser mais um desafio ao bom futebol dessa seleção.

Sempre que eu vejo jogadores comentando sobre a "qualidade" das bolas do torneio, me aparecem duas perguntas:

Primeiro, será que essas fabricantes de bolas de futebol, da importância de uma "Adidas" (Fabricante da Jabulani) não dispõe de consultores futebolísticos para testar a qualidade dessas bolas, nem de aparatos técnicos que testem sua qualidade?

Depois me pergunto, esses jogadores não estão reclamando de barriga cheia, uma vez que para chegar onde estão (ser profissionais) tiveram que jogar com bolas realmente compradas em supermercado?

Isso parece que é mais uma tentativa de desviar a pressão e o foco da imprensa e da torcida pra o time.






*Transcrições: Globo.com